sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tríduo Pascal - Sábado Santo - O amor manifestado na cruz



“Aquele que por nós tornou-se semelhante a nós, dizia a Deus, seu Pai: ‘Não a minha, mas a tua vontade’ (Lc 22,42), querendo Ele, que era Deus por natureza, realizar como homem a vontade do Pai.

Se Ele se entregou livremente à Paixão e à morte, como se fosse culpado, fazendo-se responsável por nós, os que verdadeiramente merecíamos sofrer até a morte, é claro que Ele no amou mais que a si mesmo! É óbvio que escolheu, enquanto mais que bom, os ultrajes no momento requerido pela economia da nossa salvação; preferiu-os às honras devidas à sua própria glória, segundo a sua natureza divina.

A pérfida serpente destilou o seu veneno mediante a desobediência dos primeiros criados, nossos primeiros pais, e eles morreram por causa do pecado. Então, o nosso Senhor e Deus, por seu amor para conosco, foi elevado sobre a preciosa cruz. Tendo o lado traspassado, dá-nos a vida eterna, através da nuvem do Espírito Santo.

Quem conhece o mistério da cruz e do sepulcro, conhece também as razões essenciais de todas as coisas criadas”.

Dos Escritos de São Máximo, o Confessor,
Abade do século VII



“Atenção para a afirmação profundíssima: quem conhece o mistério da cruz do Senhor, isto é, quem compreendeu que a cruz é o modo como Deus age no mundo, é o próprio critério de Deus, passa a ter uma compreensão profunda de todas as coisas, pois passa a compreender tudo com a lógica de Deus, que subverte toda lógica humana”.

D.Henrique Soares da Costa
Bispo Titular de Acufida e Auxiliar de Aracaju

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