quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tríduo Pascal - Quinta-feira Santa -A Agonia do Getsemani



“Na agonia do Getsemani, Jesus Cristo, que não exagera, declara aos Apóstolos que sua alma “está triste até a morte”. Oh, abismo insondável! Um Deus, Poder e Glória infinitos,“começou a sentir temor, angústias e tristeza”. O Verbo Encarnado conhecia todos os sofrimentos que sobre Ele iam descarregar-se naquelas longas horas da Paixão; esta visão produzia em sua natureza sensível o efeito que uma simples criatura poderia sentir ante um remédio intragável – viam sua alma e divindade, de forma claríssima, todos os pecados dos homens, os ultrajes à santidade e ao amor infinito de Deus.


Carregara todas as iniqüidades, como que revestira-se delas e sentira sobre si o peso da cólera da justiça divina: “Sou um verme e não um homem, o opróbrio dos homens e a abjeção da plebe”. De antemão sabia que o sangue derramar-se-ia em vão para muitos homens, e este pensamento levava ao cúmulo a amargura da sua alma santíssima. Mas, como vimos, Jesus Cristo tudo aceitou. Agora se levanta, sai do Horto, e vai ao encontro de seus inimigos e de sua paixão”.

Beato Columba Marmion
“Jesus Cristo em seus mistérios”

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