sábado, 18 de abril de 2009

OITAVA DA PÁSCOA – Jesus apresentou-se na margem


«Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem»

“Deus misericordioso, Deus muito compassivo e amigo dos homens (Sab 1, 6), quando Tu falas, nada é impossível, mesmo o que parece impossível ao nosso espírito: és Tu que dás um fruto saboroso em troca dos duros espinhos da nossa vida.

Senhor Cristo, Sopro da nossa vida (Lam 4, 20) e Esplendor da nossa beleza, Luz e Doador da luz, Tu não encontras prazer no mal, não queres a perdição de ninguém, não desejas nunca a morte (Ez 18,32). Não és abalado pela perturbação, nem estás sujeito à cólera; não és intermitente no teu amor, nem modificas a tua compaixão; jamais alteras a tua bondade. Não voltas as costas, não desvias a face, mas és totalmente Luz e Vontade de Salvação. Quando queres perdoar, perdoas; quando queres curar, és poderoso; quando queres vivificar, és capaz; quando concedes a tua graça, és generoso; quando queres devolver a saúde, és prodigioso. Quando queres renovar és criador; quando queres ressuscitar, és Deus. Quando, antes mesmo de nós o pedirmos, queres estender a tua mão, não faltas com nada. Se me queres fortalecer, a mim que sou inseguro, és rochedo; se queres dar-me de beber, a mim que estou sequioso, és fonte; se queres revelar o que está escondido, és Luz.

Tu, que para minha salvação, combateste com coragem, tomaste sobre o teu corpo inocente todo o sofrimento das punições que merecíamos, a fim de, ao tornares-te exemplo, manifestares em ato a compaixão que tens por nós”.

São Gregório de Narek, Monge
O Livro de orações, n° 66

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