domingo, 12 de abril de 2009

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO – CRISTO RESSUSCITOU- SURREXIT DOMINUS VERE! ALLELUIA!

Feliz e Santa Páscoa!
Surrexit Dominus vere! Alleluia!



Cristo ressuscitou!

Irmãos e filhos: escutai! Nós somos testemunhas desse fato! Somos a voz que se perpetua, ano após ano, na história; somos a voz que se difunde em círculos sempre mais amplos no mundo; somos a voz que repete o testemunho irrefragável daqueles que por primeiro o viram com os próprios olhos e o tocaram com as próprias mãos, e verificaram a novidade e a realidade do fato triunfante sobre os esquemas de toda experiência natural; somos os transmissores, de uma geração para outro, de um povo para outro, da mensagem de vida da ressurreição de Cristo. Somos a voz da Igreja, para isso fundada, para isso difundida na humanidade, para isso militante, para isso viva e esperançosa, para isso pronta a confirmar com o próprio sangue a própria palavra: ressuscitou! Cristo ressuscitou!

O fato da ressurreição de Cristo tem que ver, sim, com a sua história, que é o Evangelho, tem que ver com sua vida, que se manifestou humana e divina, viva na Pessoa do Verbo de Deus; mas tem que ver igualmente com nós mesmos. Em Jesus Cristo se realiza um desígnio de Deus; o mistério, guardado em segredo por séculos, da redenção da humanidade, revelou-se; em Cristo nós somos salvos. Em Cristo se concentram os nossos destinos, em Cristo se resolvem os nossos dramas, em Cristo se explicam as nossas dores, em Cristo se perfilam as nossas esperanças.


Não é um fato isolado a ressurreição do Senhor; é um fato que tem que ver com toda a humanidade; por Cristo estende-se ao mundo, tem uma importância cósmica! E é maravilhoso: aquele prodigioso acontecimento reverbera sobre cada homem vindo a este mundo com efeitos diversos e dramáticos; reveste toda árvore genealógica da humanidade; Cristo é o novo Adão, que infunde na frágil, na mortal circulação da vida humana natural um princípio vital novo; inefável, mas real, um princípio de purificadora regeneração, um germe de imortalidade, uma relação de comunhão existencial com Ele, Cristo, até participar com Ele, no fluxo do seu Espírito Santo, da própria vida do infinito Deus, que em virtude sempre de Cristo podemos chamar bem-aventuradamente: Pai nosso!"

Servo de Deus Papa Paulo VI
Da Mensagem pascal, 1964

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