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domingo, 6 de dezembro de 2009

ADVENTO – 2º DOMINGO – O Filho do Homem vem à nossa procura



DOMINGO II DO ADVENTO


O Filho do Homem vem à nossa procura

“Imaginai a desolação de um pobre pastor cuja ovelha se tresmalhou. Em todos os campos vizinhos só ouve a voz dessa infeliz que, tendo abandonado o grosso do rebanho, corre nas florestas e pelas colinas, passa pelas partes mais densas dos bosques e pelos silvados, lamentando-se e gritando com todas as forças e não podendo resolver-se a voltar sem ter encontrado a sua ovelha e a ter trazido para o redil.

Aqui está o que o Filho de Deus fez assim que os homens se desviaram pela sua desobediência à direção do seu Criador. Ele desceu à terra e não rejeitou nem cuidados nem fadigas para nos restabelecer no estado de que tínhamos decaído. É o que Ele faz ainda todos os dias com aqueles que se afastaram Dele pelo pecado. Ele segue-os, por assim dizer, não cessando de os chamar até que os tenha reposto no caminho da salvação. E seguramente, se não fizesse isso, vós sabeis o que seria feito de nós depois do primeiro pecado mortal: ser-nos-ia impossível retornar. É preciso que seja Ele a fazer tudo primeiro, que nos dê a sua graça, que nos procure, que nos convide a termos piedade de nós mesmos, sem o que não sonharíamos nunca em pedir-lhe misericórdia.

O ardor com que Deus nos procura é sem dúvida um efeito de uma enorme misericórdia. Mas a doçura que acompanha este zelo indica uma bondade ainda mais admirável. Não obstante o desejo extremo que Ele tem de nos fazer voltar, nunca usa de violência, não usa para isso senão os caminhos da doçura. Em toda a história do Evangelho não vejo nenhum pecador que tenha sido convidado à penitência a não ser por ternura e por benefícios”.


São Cláudio de la Colombière
Dos Sermões

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – Oração “Dá-me teu Coração!”



Solenidade
19 de junho

“Que farás, Senhor, para vencer a obstinada indiferença dos homens? Teu Coração não encontra neles mais que dureza, esquecimento, desprezo, ingratidão. Tu te esgotaste neste Mistério de Amor; Tu foste tão longe que, como dizem os Santos Padres, chegaste onde podia chegar o teu Poder.

Se os contatos divinos com tua Sagrada Carne não conseguem destruir tudo o que me distrai e seduz, em vão poderei esperar um outro remédio de maior força.

A tão grande calamidade, somente uma saída encontro: dá-me outro coração, um coração dócil, um coração sensível, um coração que ame incondicionalmente, um coração que não seja de mármore nem de bronze; concede-me, Senhor, o teu próprio Coração!

Este Coração que se encontra ainda com os mesmos sentimentos e sobretudo sempre abrasado de amor pelos homens; sempre sensível aos nossos males; sempre desejoso de fazer-nos participantes de seus tesouros e de dar-se a si mesmo; sempre disposto a receber-nos e a servir-nos de asilo, mansão, de paraíso, já nesta vida. Este Coração que ama e não é amado, e nem sequer seu amor é conhecido, porque não se dignam os homens a receber os dons que lhes doa para conhecê-lo, nem escutar as amáveis e íntimas manifestações que quer fazer aos nossos corações.

Vem, então, amável Coração de Jesus, vem e coloca-te no centro do meu peito, e nele acende um braseiro de amor tal que me leve ininterruptamente a corresponder, de algum modo, ao meu dever de amar-te sempre e cada vez mais.

Deus meu, ama a Jesus que está em mim na medida em que me amou a mim Nele. Faz com que eu não viva senão para Ele e por Ele a fim de chegar a viver eternamente com Ele no Céu. Amém”.


São Claudio de la Colombière
Sermón 32º O.C. 10, p. 34