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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CANONIZAÇÃO/CANONIZACIÓN Rafael Arnáiz Barón – Familiarizar-se com a mística




CANONIZAÇÃO 11 DE OUTUBRO DE 2009

SÃO RAFAEL ARNÁIZ BARÓN


Navegar mar adentro

A figura do Irmão Rafael é um convite para que nos familiarizemos com a “mística”; quer dizer, com o caminho que Deus traça para que as almas cheguem à união íntima com Ele.

Temos a sorte de viver na Espanha, que é provavelmente a nação com maior tradição mística da Igreja Católica. Rafael Arnáiz traz a nossos dias o melhor da herança da mística espanhola; mas o faz com uma forma de expressão própria do século XX. Sua figura se torna atraente por sua jovialidade, seu sentido de humor, sua pluma privilegiada, seus exemplos pertos… Por isso… Percamos o “medo” da mística!

Não a vejamos como algo distante e inalcançável para nós. Pelo menos, em certa medida, todos estamos envoltos nela! Marchemos sem medo, “navegando mar adentro”, no oceano do Mistério de Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Assim, entenderemos o texto de São Paulo aos Efésios: “Que Cristo habite pela fé em vossos corações, para que, arraigados e cimentados no amor, possais compreender com todos os santos qual é a largura e o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede a todo conhecimento, para que sejais plenificados com toda a Plenitude de Deus” (Ef 3, 17-19).


De la Carta Pastoral a los Jóvenes III, 6
BUSCAD EL ROSTRO DE DIOS
Do Blog Irmão Rafael Arnáiz, OCSO

São Rafael Arnáiz Barón – A mística do Beato Rafael Arnáiz




CANONIZAÇÃO 11 DE OUTUBRO DE 2009

SÃO RAFAEL ARNÁIZ BARÓN


A mística do Irmão Rafael Arnáiz


“A mística do Irmão Rafael flui e reflui por todos os poros de sua pessoa, não somente quando escreve, pensa e compõe, mas também quando esboça, desenha e pinta. Traduzindo plasticamente seus sentimentos mais profundos com seu espírito e sensibilidade de artista, nos pintará, já não só o «monte da perfeição», rematado pela Cruz, mas «o cervo correndo com insaciáveis ânsias de Deus»: sua «busca de amores, passando por fortes e fronteiras» e, sobretudo, «a alma na cruz» que, em frase paulina, significa a plena identificação com Cristo e que, começando por uma coroa de espinhos a seus pés, termina com o dardo da transverberação da mais alta mística.

Nesse sentido, nos deixou preciosas interpretações feitas a pincel ou a simples pena, traduzindo as palavras dos salmos ou explicando plasticamente as poesias mais elevadas de São João da Cruz em estampas de alto valor extraordinário e místico. Assim, teremos: «Estrangeiro sou na terra» (Sl 118, 19), «Que se prostre ante Ti a terra inteira» (Sl 65. 4), «Escolhi o caminho da verdade» (Sl 118, 30). É o que nos expressa o Irmão Rafael quando, por força da sua experiência mística, plasma em estampas as canções de São João da Cruz”.


Fray Mª Alberico Feliz Carvajal, OCSO
Vida y Escritos del Beato Fray María Rafael Arnáiz Barón
Introducción, p.52
Do Blog Irmão Rafael Arnáiz, OCSO


São Rafael Arnáiz Barón e São João da Cruz – San Rafael Arnáiz y San Juan de La Cruz




São Rafael Arnáiz Barón

CANONIZAÇÃO 11 DE OUTUBRO DE 2009


São Rafael Arnáiz e São João da Cruz

“Sabemos que o Cântico de São João da Cruz é sua obra predileta e, além disso, reflexa fielmente a sua própria alma, pois o cantou e o viveu nos momentos decisivos de sua existência. O Cântico é a oração de um místico poeta que vive do amor de Deus e, por isso, é o poema mais completo e mais próximo de sua experiência. Na realidade, tomado em seu conjunto, tem muito de autobiografia espiritual. O amor que anima a vida inteira de São João da Cruz e inspira seus escritos assume no Cântico toda a força de uma vocação e de uma paixão.

Nesse sentido, alguém de muita autoridade, ao estudar «a experiência do Irmão Rafael à luz dos ensinamentos de São João da Cruz», disse:

«Ao querer comparar estas duas almas (São João da Cruz e o Irmão Rafael), ao tratar de explicar este encontro que se deu entre elas, tem que ter em conta a fortíssima paixão de Deus, que ambos padeceram e que é o segredo de suas vidas entregues. Sem dúvida, essa paixão foi vivida e manifestada com seus próprios matizes existenciais em cada um deles. Cada alma é uma alma. Mas com uma paixão cravada como um dardo no coração de um e de outro, e que é o que provoca o dinamismo vital em suas respectivas vidas.

São João da Cruz foi um de seus grandes amigos. Um de seus guias espirituais. O mais citado em seus escritos. Com ele sintonizou maravilhosamente sua alma endeusada. Ambos foram peregrinos do Absoluto. Sofreram a paixão de Deus. Paixão de amor e de dor. Paixão mística. Só Deus! Só Deus!, foi seu grito na noite. É o pessoal e o social que todos padecemos e que talvez nos acovarde, como um sinal de luz que Deus, por meio de Rafael, nos regala para despertar nossa pobreza de fé, de esperança e de amor. Nada e Tudo. Só Deus!» (Jiménez Duque, B., Espiritualidad del Hermano Rafael, pp.75,85, na Semana de Espiritualidade do Irmão Rafael, Monasterio Cisterciense de San Isidro de Dueñas, Palencia, 1984)”.


Fray Mª Alberico Feliz Carvajal, OCSO
Vida y Escritos del Beato Fray María Rafael Arnáiz Barón
Introducción, pp.52-53
Do Blog Irmão Rafael Arnáiz, OCSO