sábado, 3 de abril de 2010

TRÍDUO PASCAL – SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL – Eia Mater, Fons Amoris: Stabat Mater Dolorosa



SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL

Gn 1,1 – 2,2/Sl 103
Gn 22,1-18/Sl 15
Ex 14,15 – 15,1
Is 54,5-14/Sl 29
Is 55,1-11
Br 3,9-15.32-4,4/Sl 18
Ez 36,16-17a.18-28/Sl 41
Rm 6,3-11/Sl 117
Lc 24,1-12


«Ó Mãe, Fonte de Amor: Estava a Mãe dolorosa»

A Virgem das Dores é o Tabernáculo dos Sagrados Mistérios, a Porta do Coração chagado de Cristo, a Mestra do silêncio, a Mãe da nossa alegria. No Sábado Santo, quando a Igreja permanece unida à Virgem na espera da Ressurreição, os filhos devem estar imersos no silêncio da Mãe, devem estar a seu lado com o amoroso propósito de consolar Mãe tão terna e excelsa.


“Stabat Mater” - Caminho de união à Virgem das Dores na Paixão


O belíssimo “Stabat Mater”, do latim “Estava a Mãe”, é um hino, mais precisamente uma seqüência, católica do século XIII atribuído a Jacopone de Todi, apesar da questão ser controversa. Tal oração, que tem início com as palavras “Stabat Mater dolorosa” - “Estava a Mãe dolorosa” - medita sobre os sofrimentos de Maria, Mãe de Jesus, durante a Crucifixão e a Paixão de Cristo. A oração é recitada de maneira facultativa durante a Missa em memória de Nossa Senhora das Dores (15 de setembro) e as suas partes formam os hinos latinos da própria festa. Antes da Reforma litúrgica, era utilizada no ofício da Sexta-feira da semana da Paixão (Nossa Senhora das setes dores - sexta-feira precedente ao Domingo de Ramos). É um Hino muito popular, sobretudo, porque acompanha o rito da Via-Sacra, uma estrofe para cada estação, e a procissão da Sexta-feira Santa, sendo um canto muito amado pelos fiéis, assim como por inteiras gerações de músicos. O Stabat Mater, é um forte remédio para todos que, com uma disposição mais plena de fé, se aproximam da Paixão de Cristo a fim de consolar a Mãe cheia de dores em sua solidão, a Mãe, Fonte de amor.


STABAT MATER


"Estava a Mãe dolorosa
Junto da Cruz, lacrimosa
Vendo o Filho que pendia.

A sua alma agoniada
Se partia atravessada
No gládio da profecia.

Oh! Quão triste e aflita
Estava a Virgem bendita,
A Mãe do Filho Unigênito.

Quanta angústia não sentia
Mãe piedosa, quando via
As penas do Filho seu.

Quem não chora, vendo isto,
Contemplando a Mãe do Cristo
Num suplício tão enorme?

Quem haverá que resista,
Se a Mãe assim contrista,
Padecendo com seu Filho?

Por culpa de sua gente,
Viu a Jesus inocente
Aos flagelos submisso.

Viu seu Filho muito amado
Que morria abandonado,
Entregando o seu espírito.

Faze, ó Mãe, fonte de amor,
Que eu sinta a força da dor,
Para contigo chorar.

Faze arder meu coração,
Do Cristo Deus na paixão,
Para que o possa agradar.


Ó Santa Mãe, dá-me isto:
Trazer as chagas do Cristo
Gravadas no coração.

Do teu Filho, que por mim
Se entrega a uma morte assim,
Divide as penas comigo.

Oh! Dá-me, enquanto viver,
Com o Cristo compadecer,
Chorando sempre contigo.

Junto da Cruz quero estar,
Para assim me associar
Ao martírio do teu pranto.

Virgem das virgens, preclara,
Jamais me sejas avara,
Dá-me contigo chorar.

Traga em mim do Cristo a morte,
Da Paixão seja eu consorte,
Suas chagas celebrando.

Por elas seja eu rasgado,
Pela Cruz inebriado,
No sangue do Filho nutrido.

No Juízo, ó Virgem, consegue
Às chamas não ser entregue
Quem por ti é defendido.

Quando do mundo eu partir,
Dá-me, ó Cristo, conseguir,
Por tua Mãe, a vitória.

Quando o meu corpo morrer,
Possa a alma merecer
Do Reino celeste a glória.

Amém".

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