sábado, 3 de abril de 2010

TRÍDUO PASCAL – SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL – A Esperança da Vida Nova em Cristo



SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL

Gn 1,1 – 2,2/Sl 103
Gn 22,1-18/Sl 15
Ex 14,15 – 15,1
Is 54,5-14/Sl 29
Is 55,1-11
Br 3,9-15.32-4,4/Sl 18
Ez 36,16-17a.18-28/Sl 41
Rm 6,3-11/Sl 117
Lc 24,1-12


«A Esperança da Vida Nova em Cristo»

Afugenta, Senhor, com a luz diurna de tua sabedoria,
as trevas noturnas de nossa mente,
para que, iluminados por Ti,
te sirvamos com espírito renovado e puro.
A chegada do sol representa para os mortais
o início de seu trabalho.

Adorne, Senhor, em nossas almas uma mansão
em que possa continuar aquele dia
que não conhece o ocaso.
Faze que saibamos contemplar em nós mesmos
a vida da ressurreição,
e que nada possa separa nossas mentes
de teus deleites.

Imprime em nós, Senhor,
por nossa constante adesão a Ti,
o selo daquele dia que não
depende do movimento solar.
Cada dia te estreitamos em nossos braços
e te recebemos em nosso corpo
por meio de teus sacramentos;

Faze que sejamos dignos de
experimentar em nossa pessoa,
a ressurreição que esperamos.
Pela graça do batismo
trazemos escondido em nosso corpo
o tesouro que tu nos deste;
que este mesmo tesouro
vá crescendo na mesa dos teus sacramentos;
faze que nos alegremos de teus dons.
Temos em nós, Senhor, o teu memorial,
recebido de tua mesa espiritual;
dá-nos que alcancemos sua realidade plena,
na renovação futura.

Pedimos-te, Senhor,
que aquela beleza espiritual
que tua vontade imortal faz brotar
na mesma mortalidade
nos faça compreender nossa própria beleza.
Tua crucifixão, ó Salvador Nosso,
foi o término de tua vida mortal;
faz que crucifiquemos nossa mente
a fim de obter a vida espiritual.

Que tua ressurreição, ó Jesus,
faça crescer em nós o homem espiritual;
que a visão de teus sinais sacramentais,
nos ajude a conhecê-la.
Tuas disposições divinas, ó Salvador Nosso,
são figura do mundo espiritual
faze que nos movamos nele,
como homens espirituais.

Não prives, Senhor, a nossa mente
de tua manifestação espiritual,
e não separe de nós
o calor de tua suavidade
A mortalidade latente em nosso corpo
derrama em nós a corrupção;
que a aspersão de teu amor espiritual
apague em nossos corações
os efeitos da mortalidade.

Concede-nos, Senhor,
que caminhemos com presteza
para a nossa pátria definitiva
e que, como Moisés, do cume do monte,
possamos desde agora contemplá-la pela fé.


Santo Efren
Sermo 3, De fine et admonitione 2. 4-5:
Opera, edição Lamy 3, 216-222

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