domingo, 28 de junho de 2009

São Pedro e São Paulo – Os gigantes da fé!



Solenidade
28 de junho

“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus. Estas palavras da Liturgia resumem o significado de São Pedro e São Paulo. A Igreja chama a ambos de 'corifeus' isto é líderes, chefes, colunas. Eles são apóstolos, os primeiros enviados do Senhor, são testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram (Mt 10,1ss; 28,18-20).

Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos dias de sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente do Colégio dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o Imperador Nero no ano 67.

Paulo não conhecera Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez ser apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do Império Romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade à novidade cristã, separando a Igreja da Sinagoga. Por fim, foi preso e decapitado em Roma também sob o Imperador Nero no mesmo ano que Pedro ( 2Cor 11,18 – 12,10).

Estes gigantes da fé foram fiéis à missão recebida. As palavras de Paulo servem também para Pedro: 'Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé'. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: 'Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar...'.


Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: 'Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo'; Paulo exclamou com verdade: 'Para mim, o viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim'. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Em Jesus, eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida (Jo 21,15-19; Fl 3,4-14).

Ambos derramaram o Sangue pelo Senhor: 'Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus'. Eis a maior de todas a honras de Pedro e de Paulo: beberam o cálice do Senhor, participando dos seus sofrimentos, unido a ele suas vidas até o martírio em Roma, para serem herdeiros de sua glória.

Hoje também, nossos corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que é e será sempre a Igreja de Pedro, a Igreja de Roma, que é a Esposa do Cordeiro, imagem da Jerusalém celeste (Ap 21,1-11).

Conhecemos e veneramos o ministério que o Senhor Jesus confiou a Pedro e seus sucessores em benefício de toda a Igreja: ser o pastor de todo o rebanho de Cristo e a primeira testemunha da verdadeira fé naquele que é o 'Cristo, Filho do Deus vivo'. Pedro é o primeiro (Mt 10,2:); sobre ele Cristo fundou sua Igreja (Mt 16,17ss) e por isso ele deve confirmar seus irmãos na fé (Lc 22,31s). Cefas quer dizer Pedro, pedra. Pedro é o chefe da Igreja, sempre ocupando o primeiro lugar na responsabilidade (Jo 20,3-8; At 1,15ss; 2,14ss; 2,3-s; 5,1-11; 1Cor 15,3-5).

Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma; hoje, em Bento XVI. O Papa será sempre, na Igreja, o referencial seguro da comunhão na verdadeira fé e na unidade. Quando surgem, como ervas daninhas, tantas e tantas seitas cristãs e pseudo-cristãs, nossa comunhão com Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já não mais se constrói nem se regula pelos critérios do Evangelho, a palavra segura de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é conforme o Evangelho”.

D.Henrique Soares da Costa, Bispo
Dos Estudos Bíblicos-Catequéticos
Cit.por domhenrique.com

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