QUARTA-FEIRA DA SEMANA SANTA
Evangelho segundo S. Mateus 26,14-25
«Participemos da Festa da Páscoa em atitude de eternidade»
Vamos participar na Festa da Páscoa. Voltaremos a fazê-lo de maneira simbólica, mas já de maneira mais clara do que sob a antiga Lei, porque essa Páscoa era, se assim ouso exprimir-me, uma imagem obscura do próprio símbolo.
Participemos nesta festa ritual de maneira evangélica, e não literária, de maneira perfeita, e não inacabada, em atitude de eternidade, e não de instante. Tomemos como capital, não a Jerusalém terrena, mas a cidade celeste, não a que é hoje esmagada aos pés pelos exércitos, mas a que é glorificada pelos anjos. Não sacrifiquemos os jovens touros e os novilhos com chifres e unhas (Sl 68, 32), mais mortos do que vivos e desprovidos de inteligência, mas ofereçamos a Deus um sacrifício de louvor (Sl 49, 14), no altar celeste e em união com os coros do céu. Afastemos o primeiro véu, avancemos até ao segundo, ergamos o olhar para o Santo dos Santos. Direi antes: imolemo-nos a nós próprios a Deus; melhor, ofereçamos-Lhe diariamente todas as nossas ações. Aceitemos tudo por causa do Verbo. Subamos com pressa até à cruz, cujos cravos são doces, ainda que sejam extremamente dolorosos. Mais vale sofrer com Cristo e por Cristo, do que viver em delícias com outros.
Se fores Simão de Cirene, toma a cruz e segue Cristo. Se fores crucificado com Ele como um ladrão, faz como o bom ladrão: reconhece a Deus. Se fores José de Arimatéia, reclama o corpo a quem o mandou crucificar; faz tua a purificação do mundo. E, se fores Nicodemos, o servidor noturno de Deus, vem depositar este corpo no túmulo e perfumá-lo com mirra. E se fores Maria, ou Salomé, ou Joana, chora desde o começo do dia. Sê a primeira a ver a pedra do túmulo afastada, talvez mesmo os anjos, ou o próprio Jesus.
São Gregório de Nazianzo, Bispo e Doutor
Sermão 45, 23-24
Vamos participar na Festa da Páscoa. Voltaremos a fazê-lo de maneira simbólica, mas já de maneira mais clara do que sob a antiga Lei, porque essa Páscoa era, se assim ouso exprimir-me, uma imagem obscura do próprio símbolo.
Participemos nesta festa ritual de maneira evangélica, e não literária, de maneira perfeita, e não inacabada, em atitude de eternidade, e não de instante. Tomemos como capital, não a Jerusalém terrena, mas a cidade celeste, não a que é hoje esmagada aos pés pelos exércitos, mas a que é glorificada pelos anjos. Não sacrifiquemos os jovens touros e os novilhos com chifres e unhas (Sl 68, 32), mais mortos do que vivos e desprovidos de inteligência, mas ofereçamos a Deus um sacrifício de louvor (Sl 49, 14), no altar celeste e em união com os coros do céu. Afastemos o primeiro véu, avancemos até ao segundo, ergamos o olhar para o Santo dos Santos. Direi antes: imolemo-nos a nós próprios a Deus; melhor, ofereçamos-Lhe diariamente todas as nossas ações. Aceitemos tudo por causa do Verbo. Subamos com pressa até à cruz, cujos cravos são doces, ainda que sejam extremamente dolorosos. Mais vale sofrer com Cristo e por Cristo, do que viver em delícias com outros.
Se fores Simão de Cirene, toma a cruz e segue Cristo. Se fores crucificado com Ele como um ladrão, faz como o bom ladrão: reconhece a Deus. Se fores José de Arimatéia, reclama o corpo a quem o mandou crucificar; faz tua a purificação do mundo. E, se fores Nicodemos, o servidor noturno de Deus, vem depositar este corpo no túmulo e perfumá-lo com mirra. E se fores Maria, ou Salomé, ou Joana, chora desde o começo do dia. Sê a primeira a ver a pedra do túmulo afastada, talvez mesmo os anjos, ou o próprio Jesus.
São Gregório de Nazianzo, Bispo e Doutor
Sermão 45, 23-24
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