segunda-feira, 25 de maio de 2009

Santa Maria Madalena de Pazzi - Papa Bento XVI a apresenta como «mestra de espiritualidade» para todos



25 de maio
Memória Facultativa

Papa Bento XVI apresenta Santa Maria Madalena de Pazzi, «mestra de espiritualidade» para todos

Da Carta do Papa Bento XVI ao Arcebispo de Florença, Cardeal Ennio Antonelli, por ocasião das celebrações do IV centenário da morte de Santa Maria Madalena de Pazzi em 29 de abril de 2007

CIDADE DO VATICANO/FLORENÇA, terça-feira, 29 de maio de 2007 (ZENIT.org)- O Papa Bento XVI afirma que a mística italiana Santa Maria Madalena de Pazzi tem o dom, para todos, «de ser mestra de espiritualidade, particularmente para os sacerdotes, por quem teve especial predileção». No IV centenário da morte da Santa carmelita, o Papa anima a que as celebrações por este aniversário «contribuam para dar a conhecer cada vez mais esta luminosa figura, que a todos manifesta a dignidade e a beleza da vocação cristã».

«Assim como na vida, tocando aos sinos, chamava seus irmãos de comunidade com o grito: ‘Vinde amar o Amor!’, que a grande mística, desde Florença, desde seu seminário, desde os mosteiros carmelitas que se inspiram nela, possa ainda hoje fazer ouvir sua voz em toda a Igreja, difundindo o anúncio do amor de Deus por toda criatura humana». É o que deseja o Santo Padre.

São palavras que Bento XVI dirige em uma carta ao Cardeal Ennio Antonelli, Arcebispo de Florença, Itália. O purpurado as leu na sexta-feira passada, na Celebração Eucarística, na Catedral local, pela carmelita, nascida em 2 de abril de 1566 e falecida em 25 de maio de 1607.

Em sua carta, o Papa aprofunda na biografia da Santa florentina, «figura emblemática de um amor vivo que remete à essencial dimensão mística de toda vida cristã», e dá graças a Deus pelo dom da religiosa, «que cada geração se redescubra especialmente próxima em saber comunicar um ardente amor por Cristo e pela Igreja».

«Batizada com o nome de Catarina, desde menina teve uma especial sensibilidade pela vida sobrenatural e se sentiu atraída ao colóquio íntimo com Deus. Fez a Primeira Comunhão pouco antes de completar dez anos; dias depois se entregou para sempre ao Senhor com uma promessa de virgindade.


De nobre família, manteve o desejo de assemelhar-se mais ‘a seu Esposo crucificado’ e amadureceu a decisão de deixar o mundo e entrar no Carmelo de Santa Maria dos Anjos, onde em 1583 recebeu o hábito da comunidade e o nome de irmã Maria Madalena.

Um ano depois, gravemente enferma, pediu para pronunciar a profissão antes do tempo estabelecido. Na Solenidade da Santíssima Trindade, em 27 de maio de 1584, levada ao coro em uma maca, emitiu para sempre ante o Senhor seus votos de castidade, pobreza e obediência.

Desde este momento teve início uma intensa época mística, recorda o Papa, da qual procede a fama dos êxtases da jovem religiosa. Também passou por longos anos de purificação interior, entre provas e grandes tentações, um contexto no qual se marca seu ardente compromisso pela renovação da Igreja.

Como Catarina de Sena, ela se sentiu ‘obrigada’ a escrever algumas cartas para pedir ao Papa, aos cardeais da Cúria, a seu arcebispo e a outras personalidades eclesiásticas um decidido empenho para a ‘Renovação da Igreja’, como diz o título do manuscrito que as contém; foram doze cartas ditadas em êxtase, talvez nunca enviadas, mas que permanecem como testemunho de sua paixão pela ‘Sponsa Verbi’ (Esposa do Verbo, a Igreja, ndr).

Sua dura prova terminou em Pentecostes de 1590; pôde então se dedicar com toda energia ao serviço da comunidade, em particular à formação das noviças.


A Irmã Maria Madalena teve o dom de viver a comunhão com Deus de uma forma cada vez mais interiorizada, convertendo-se em ponto de referência para toda a comunidade, que até hoje continua considerando-a como uma ‘mãe’. O amor purificado que batia em seu coração lhe abriu ao desejo da plena conformidade com Cristo, seu Esposo, até compartilhar com Ele o padecimento da cruz», sublinha o Papa.

«A enfermidade a fez sofrer intensamente os três últimos anos de sua vida, que concluiu na terra em 25 de maio de 1607. Menos de duas décadas depois, o Papa Urbano VIII a proclamou Beata. Em 1669, Clemente IX a incluiu no Catálogo dos Santos.

Seu corpo incorrupto é meta de peregrinações constantes.

O Mosteiro onde a Santa viveu é atualmente sede do Seminário Arcebispal de Florença, que a venera como Padroeira. A cela que ocupou é agora uma Capela.

Santa Maria Madalena de Pazzi permanece como uma presença espiritual para as carmelitas da antiga observância - assinala Bento XVI -, que vêem nela a ‘irmã’ que percorreu inteiramente a via da união transformadora com Deus e que indica em Maria a ‘estrela’ do caminho da perfeição.

Para todos, esta grande Santa tem o dom de ser Mestra de espiritualidade, especialmente para os sacerdotes, pelos quais alimentou sempre uma verdadeira paixão», conclui o Papa Bento XVI.


Santo Padre Papa Bento XVI


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