Solenidade
“Hoje a Igreja celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. Esta Solenidade ocorre dentro do Tempo Pascal. Isto significa que o mistério da Ascensão é um aspecto da Páscoa de Cristo.
Na santa Ressurreição Jesus foi glorificado na sua natureza humana: seu corpo e sua alma humana foram totalmente impregnados pelo Santo Espírito, de modo que o Filho eterno do Pai é também um homem divinizado, um homem impregnado da vida divina. Isto contemplamos na Ressurreição: o que aconteceu a Jesus.
Agora, na santa Ascensão, contemplamos o que Jesus glorificado se tornou para nós. Ele não somente foi glorificado, mas o foi em nosso favor, para o nosso bem! Dizer que Ele está à Direita do Pai é um modo figurado de afirmar que Ele participa do senhorio que é próprio de Deus.
Jesus Cristo, com toda a autoridade no céu e na terra, é Senhor do universo, cabeça de toda a criação: tudo caminha para Ele, Ele é o ponto Ômega, o ponto de chegada de todas coisas. Mas, não só: Ele é também Senhor da história: para Ele caminha a história humana e a história de cada um de nós. Nele toda lágrima será enxugada, toda ferida, sarada, toda morte, redimida!
Ele é também o Advogado, o primeiro Paráclito, o nosso Mediador e Intercessor junto do Pai. É isto que afirma a Carta aos Hebreus quando diz que Ele está à direita do Pai com o seu próprio sangue. Ele é aquele Cordeiro de pé como que imolado, tendo nas mãos o livro com as folhas lacradas, que João contemplou no seu Apocalipse.
Sendo assim, Ele é o eterno sacerdote, que continuamente está diante do Pai, oferecendo-se uma vez por todas. É esta sua oferta, de Cordeiro glorioso (de pé) e imolado (como que imolado), que se torna presente em cada Celebração eucarística. Participar do Banquete sacrifical da Eucaristia é participar das coisas do céu, do santo sacrifício que o Senhor Jesus eternamente apresenta ao Pai por nós e pelo mundo inteiro.
Finalmente, Cristo à Direita do Pai é nosso juiz: nele, com o critério da sua cruz, amor que ama até dá a vida, tudo será passado a limpo, tudo será julgado.
Eis, portanto, o belíssimo e rico sentido da Solenidade de hoje!”.
D.Henrique Soares da Costa,Bispo
Cit.por domhenrique.org
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