sábado, 30 de maio de 2009

PENTECOSTES – Vigiar no Espírito Santo




Solenidade de Pentecostes
31 de maio

“Temos de estar vigilantes e atentos à obra da salvação que se realiza em nós, porque é com admirável subtileza e com a delicadeza de uma arte divina que o Espírito Santo realiza continuamente esta obra no mais íntimo do nosso ser. Que esta unção que tudo nos ensina não nos seja retirada sem que tenhamos consciência disso, e que a sua vinda não nos apanhe desprevenidos. Pelo contrário, convém-nos estar permanentemente atentos, com o coração totalmente aberto, para recebermos esta bênção generosa do Senhor. Em que disposições quer o Espírito encontrar-nos? “Sede como os servos que esperam o seu senhor, quando ele regressa das núpcias”. Ele nunca regressa de mãos vazias da mesa celeste, mas com todas as alegrias que esta prodigaliza.

Temos, pois, de velar, e de velar em todo o momento, porque nunca sabemos a que horas virá o Espírito, nem a que horas voltará a partir. O Espírito vai e vem (Jo 3, 8); e se, graças à Sua presença, nos mantemos de pé, quando Ele se retira caímos inevitavelmente, mas sem nos magoarmos, porque o Senhor nos sustenta com a sua mão. E o Espírito não cessa de comunicar esta alternância de presença e ausência aos que são espirituais, ou antes, àqueles que tem a intenção de se tornar espirituais. É por isso que os visita de madrugada, pondo-os em seguida subitamente à prova”.


São Bernardo de Claraval, Abade Cisterciense e Doutor
Sermones sobre el Cantar de los Cantares, 17, 2
Obras completas, BAC, Madrid, 1987



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