Solenidade
“Não são poucos os que querem ser testemunhas do Senhor da paz, enquanto tudo corre conforme seus desejos. Querem de boa vontade ser santos, mas sem trabalho, sem tédio, sem tribulações, sem prejuízos. Desejam, pois, conhecer a Deus, saboreá-lo, senti-lo, mas sem amargura alguma. Se efetivamente devem trabalhar e se lhes produz amargura, tristeza, trevas e árduas tentações, se Deus se lhes esconde e se vêem desprovidos de consolos interiores ou exteriores, num instante se desvanecem seus bons propósitos. Não são as verdadeiras testemunhas que o Senhor exige.
Quem há que não busque a paz, quem que não queira ter a paz em tudo o que faz? E, entretanto, este modo de buscar esta paz deve sem dúvida ser descartado. Devemos esforçar-nos em ter paz em todo o tempo, inclusive nas adversidades com não pouco esforço. Daí deve nascer a verdadeira paz, estável, segura. Verdadeiramente qualquer outra coisa que busquemos ou queiramos será um engano. Se, em troca, nos esforçamos enquanto nos seja possível, por estar alegres na tristeza e nos mantivermos tranqüilos na tribulação, simples nas dificuldades e alegres na angústia, então seremos verdadeiras testemunhas de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A tais discípulos, o mesmo Cristo, vivo e ressuscitado dentre os mortos, desejava a paz. Estes em sua vida terrena nunca encontraram uma paz externa; mas lhes foi dada uma paz essencial, a verdadeira paz nas tribulações, a felicidade nos insultos, a vida na morte. Se alegravam e exultavam quando os homens lhes odiavam, quando os entregavam aos tribunais, quando eram condenados à morte. Tais são as verdadeiras testemunhas de Deus”.
Quem há que não busque a paz, quem que não queira ter a paz em tudo o que faz? E, entretanto, este modo de buscar esta paz deve sem dúvida ser descartado. Devemos esforçar-nos em ter paz em todo o tempo, inclusive nas adversidades com não pouco esforço. Daí deve nascer a verdadeira paz, estável, segura. Verdadeiramente qualquer outra coisa que busquemos ou queiramos será um engano. Se, em troca, nos esforçamos enquanto nos seja possível, por estar alegres na tristeza e nos mantivermos tranqüilos na tribulação, simples nas dificuldades e alegres na angústia, então seremos verdadeiras testemunhas de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A tais discípulos, o mesmo Cristo, vivo e ressuscitado dentre os mortos, desejava a paz. Estes em sua vida terrena nunca encontraram uma paz externa; mas lhes foi dada uma paz essencial, a verdadeira paz nas tribulações, a felicidade nos insultos, a vida na morte. Se alegravam e exultavam quando os homens lhes odiavam, quando os entregavam aos tribunais, quando eram condenados à morte. Tais são as verdadeiras testemunhas de Deus”.
Frei Johannes Tauler, O.P.
Místico Dominicano do século XIV
Sermón en la fiesta de la Ascensión del Señor
Cit.por dominicos.org
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