quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NOSSA SENHORA DE LOURDES – As aparições em Lourdes - Parte II



NOSSA SENHORA DE LOURDES
11 de Fevereiro
Memória Facultativa

AS APARIÇÕES EM LOURDES

Parte II

(Continuação)

23 de fevereiro: Primeira vez em que a Virgem formula uma ordem concreta. Ante 10 mil perssoas a Virgem dá a Bernardete um segredo que só a ela concerne e que não pode revelar a ninguém. Também lhe ensinou uma oração que lhe fazia repetir, mas que não quis que a desse a conhecer.

A Virgem lhe disse: "E agora, filha minha, vá dizer aos sacerdotes que aqui, neste lugar, deve levantar-se um Santuário, e que a ele devem vir em procissão". Bernardete se dirigiu imediatamente até a Igreja para dar a mensagem ao Pároco. O sacerdote lhe perguntou o nome da Senhora, e Bernardete lhe respondeu que não sabia.

Despois de escutá-la, o Pároco lhe disse: "Podes comprender que não pode bastar-me apenas o teu testemunho; diga a essa grande Senhora que se dê a conhecer; se á a Virgem, que l manifeste mediante um grande milagre. Não dizes que te aparece encima de um roseiral silvestre? Então diga-lhe de minha parte, que se quiser um Santuário, que faça florescer o roseiral¨.

24 de fevereiro: Todos quiseram saber o que aconteceria com o pedido do Pároco e se a Virgem faria o milagre do roseiral. Bernardete como sempre chegou à gruta e se ajoelhou, sem prestar nenhuma atenção às pessoas que iam por curiosidade. Bernardete contou à Virgem o que o sacerdote lhe havia pedido. A Virgem só sorriu, sem dizer uma palavra. Despois mandou- a rogar pelos pecadores, exclamando três vezes: Penitência, Penitência, Penitência! E fez Bernadete repetir estas palabras e Bernadete o fazia enquanto se arrastava de joelhos até o fundo da gruta. Ali, a Senhora lhe revelou um segredo perssoal e depois desapareceu.

Bernardete por humildade não relatou todos os detalhes, mas testemunhas contaram que também a viram beijar a terra a intervalos. A Virgem lhe havia dito: "Rogarás pelos pecadores. Beijarás a terra pela conversão dos pecadores". Como a Visão retrocedia, Bernardete a seguia de joelhos beijando a terra, e em um momento se voltou para as pessoas e lhes fez sinais: "Beijem também a terra".

Desde então foi encomendada a Bernardete a penitência pelos pecadores. Um dia a Virgem a mandou subir e descer várias vezes a gruta de joelhos. A Virgem tinha um rosto triste. "A Virgem me mandou por mim y pelos demais" disse ela.

25 de fevereiro: A Visão lhe disse: "Filha minha, quero confiar-te e somente a ti, o último segredo. Como os outros dois, não revelarás a nenhuma pessoa deste mundo".

Depois de um momento de silêncio, a Virgem disse: “E agora, vá beber e lavar os pés na fonte, e come da erva que há ali”. Bernardete olhou ao redor e, não vendo nenhuma fonte, pensou que era o riacho e se dirigiu para lá. Mas a Virgem a deteve e lhe disse: "Não lá, mas na fonte que está aqui", mostrando-lhe o fundo da gruta. Para lá foi e buscou com a vista a fonte, não encontrando-a. Querendo obedecer, olhou a Virgem. A um novo sinal se inclinou e, cavando a terra com a mão, fez um buraco. De repente o fundo daquela cavidade se umedeceu e, vindo de profundidades desconhecidas através das pedras, apareceu uma água que logo encheu o buraco. Bernardete então levou a água misturada com terra, três vezes a boca, sem bebê-la. Mas vencendo sua natural repugnância, bebeu e molhou também o rosto. Todos começaram a rir dela e a dizer que tinha ficado louca. Mas, misteriosos desígnios de Deus, com sua débil mão acabava Bernardete de abrir, sem saber, o manancial das curas e dos milagres que tanto comoveram a humanidade.

A água milagrosa de Lourdes foi analisada por grandes químicos:

É uma água virgem, muito pura, uma água natural, que carece de toda propriedade térmica. Ademais tem a peculiaridade que nenhuma bactéria sobrevive nela. - Símbolo da Imaculada Conceição, em cujo ser nunca houve mancha de pecado original nem pessoal.

26 de fevereiro: A água milagrosa fez o primeiro milagre. O bom Pároco de Lourdes havia pedido um sinal, e em vez do muito pequeno sinal que ele havia pedido, a Virgem acabava de dar-lhe um muito maior, e não só para ele, mas para todo o povoado.

O primeiro milagre de cura

Havia em Lourdes um pobre operário de pedreira, chamado Bourriette, que 20 anos antes havia tido o olho esquerdo horrivelmente mutilado pela explosão de uma mina. Era um homem muito honrado e muito cristão. Mandou a filha buscar a água da nova fonte e se pôs a rezar. E mesmo suja, esfregou-a no olho. Começou a gritar de alegria. As trevas haviam desaparecido e só no havia um ligeiro nublado, que foi sumindo ao seguir lavando. Os médicos haviam dito que ele jamais se curaria. Ao ser examinado de novo não restou mais que chamar ao sucedido de: milagre. E o maior de tudo foi que o milagre havia deixado as cicatrices e lesões da ferida, mas ainda assim devolvido a visão.

A primeira vela na gruta de Lourdes

Um dia no final da aparição, Bernardete pediu uma vela a sua tia que a acompanhava para deixá-la acesa na gruta. Então se dirigiu ao fundo da gruta e a deixou acesa na pedra. Esta vela talvez naquele momento tenha sido a única, mas agora são milhões as que ardem constantemente ante a imagem da Virgem. A vela acesa é um belo símbolo: a cera branca e virgem de que é feita sempre representou a humanidade que Cristo tomou de Maria, e que unida à Divinidade é a Luz do mundo. Como a cera da vela, esta humanidade sagrada se consumirá diante de Deus em adoração, súplicas e ação de graças. A luz da vela resplandecente e radiante simboliza a Divinidade do Filho de Maria. A vela acesa representa igualmente o cristão que, iluminado pela fé deve consumir-se diante de Deus como vítima de amor.

2 de março: Bernardete foi de novo ver o Pároco de Lourdes, recordando-lhe a petição da Virgem de se levantar um Santuário no lugar das aparições. O Pároco respondeu que isso era obra do Bispo, que já estava inteirado da petição e seria o encarregado de cumprir o desejo celestial da Visão.

4 de março: seguindo seu costume, Bernardete, antes de dirigir-se à gruta, assistiu a Santa Missa. Ao final da aparição, teve uma grande tristeza, a tristeza da separação. Voltaria a ver a Virgem?

A Virgem, sempre generosa, não quis que o dia terminasse sem uma manifestação de sua bondade: um grande milagre, um milagre maternal, coroação da quinzena de aparições: um menino de dois anos, chamado Justino, estava já agonizando. Desde que nasceu tinha uma febre que ia pouco a pouco consumindo sua vida. Seus pais, nesse dia, o acreditavam morto. O menino não dava sinais de vida. A mãe em seu desespero o levou à fonte e o meteu 15 minutos na água que estava muito fria. Ao chegar em casa, notou que se ouvia com normalidade a respiração do menino. No dia seguinte, Justino despertou com a tez fresca e viva, seus olhos cheios de vida, pedindo comida e suas pernas fortalecidas. Este fato comoveu toda a comarca e logo toda a França e Europa; três médicos de grande fama certificaram o milagre, chamando-o de primeira ordem.

Então o governador reuniu a todos os alcaldes da zona para dar instruções precisas de proibir de imediato a ida de todo cidadão à gruta. Tudo foi em vão; cada dia acudiam mais peregrinos de todas as partes.

Não obstante as perseguições, as troças e as injúrias, Bernardete continuava visitando a Gruta. Ia rezar o Rosário com os peregrinos. Mas a doce visão não aparecia. Ela já estava resignada a não voltar a ver a Virgem.

Em 25 de Março, dia da Anunciação, Bernardete se sentiu fortemente movida a ir à Gruta. Muito contente obedeceu a esse chamado de seu coração e foi imediatamente. Como era uma data solene, os peregrinos tinham a esperança de que a Virgem aparecesse e quando chegou Bernardete se assombrou com a quantidade de pessoas que encontrou. Este dia 25, na história das aparições, foi um dia de glória. Bernardete voltou a perguntar à Senhora: "Queres ter a bondade de dizer-me quem és e qual é teu nome?". A Visão resplandecia mais que nunca, sorrindo sempre e sendo seu sorriso a única resposta. Bernardete insistiu: " Queres dizer-me quem és?, eu te suplico Senhora minha". Então, a Senhora afastou sua vista de Bernardete, separou suas mãos, fez deslizar em seu braço o rosário que tinha em seus dedos, levantou ao mesmo tempo suas mãos e sua cabeça radiante e, juntando suas mãos diante do peito, sua cabeça mais resplandecente que a luz do sol, dirigiu o olhar ao céu e disse: "EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO", E assim desapareceu, deixando em Bernardete esta imagem e este nome.

Bernardete, ouvia pela primeira vez essas palavras. Enquanto se dirigia à casa paroquial, para contar ao Pároco, ela ia por todo o caminho repetindo "Imaculada Conceição", essas palavras tão misteriosas e difíceis para uma menina analfabeta. Quando o Pároco ouviu o relato de Bernardete ficou assombrado. Como podia uma menina sem nenhuma instrução religiosa saber o Dogma que só uns 4 anos antes a Igreja havia promulgado? Em 1854, o Papa Pio IX havia definido o Dogma da Imaculada Conceição. O sacerdote comprovou que Bernardete não se havia enganado, era Ela, a Virgem Santíssima, a Soberana Mãe de Deus quem lhe aparecia na gruta.

5 de Abril: Bernardete volta à gruta, rodeada de uma verdadeira multidão de pessoas que rezavam com ela. Ajoelhada como de costume, tinha na mão esquerda, a vela acesa que lhe acompanhava em todas as ocasiões e a apoiava no chão. Absorta na contemplação da Rainha dos céus, sabendo agora que era a Virgem Santíssima, levantou suas mãos e as deixou cair um pouco, sem notar que as tinha sobre a chama da vela, que começou a passar entre seus dedos e a elevar-se acima deles, oscilando de um lado para o outro, segundo o vento. Os que estavam ali gritavam: "se queima". Mas ela permanecia imóvel. Um médico que estava perto de Bernardete olhou o relógio comprovando que por mais de um quarto de hora a mão esteve em meio à chama, sem fazer ela nenhum movimento. Todos gritavam: Milagre! O médico comprovou que a mão de Bernardete estava ilesa. Despois que a aparição terminou, um dos espectadores aproximou da mão de Bernardete a chama da mesma vela acesa e ela exclamou: "Oh, que quer, queimar-me?.

Última Aparição

Foi no dia 16 de Julho, dia da Virgem do Carmo. Bernardete se sente de novo movida a ir à gruta, que está cercada, vigiada e proibida. Vai acompanhada de uma tia e umas senhoras. Ao chegarem se ajoelham o mais perto possível da gruta mas sem poder chegar a ela. Bernardete recebe a última visita da Virgem e disse: "Nunca havia aparecido tão gloriosa".

Bernardete havia cumprido sua missão com grande amor e valentia ante todos os sofrimentos que teve que enfrentar e ante todos os obstáculos que teve que vencer. Seu confessor disse repetidamente: "A melhor prova das aparições é a própria Bernardete e sua vida".


Fonte:
Corazones

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