segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Hino ao Amor



Hino ao amor da carta do Apóstolo S. Paulo aos Coríntios
numa tradução do Padre José Tolentino Mendonça

Se eu falasse as línguas dos homens e até as dos anjos, mas não tivesse amor seria bronze que soa ou címbalo que tine.

Se tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e todos os saberes, se a minha fé fosse a ponto de mover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria.

Se repartisse pelos pobres tudo quanto tenho, e meu corpo entregasse às labaredas mas não tivesse amor, nada ganharia.

0 amor paciente, repleto de bondade, amor que desconhece inveja e não ostenta orgulho, amor sem vaidade, que descura o próprio interesse, e não se irrita e não suspeita mal, o amor que não colhe alegria da injustiça, mas se alegra com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

0 amor jamais acabará: há um tempo em que vacilam as profecias, as línguas emudecem e o saber desaparece porque só em parte conhecemos e só em parte profetizamos, mas quando chega a perfeição os limites apagam-se.

Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança, pensava como criança: quando me tornei homem abandonei as coisas de criança. Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura, o que depois veremos face a face. Agora conheço apenas uma parte, mas então conhecerei conforme também sou conhecido. Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos.

Mas o maior de todos é o amor.

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