A VIDA INTERIOR
“Nossa Senhora do Monte Carmelo é a Patrona da vida interior, a Virgem que nos afasta da multidão e nos leva docemente até esses cumes onde o ar é mais puro, o céu mais claro, Deus está mais próximo e nas que transcorre a vida de intimidade com Deus.
Segundo São Gregório Magno, a vida contemplativa e a vida eterna não são duas coisas diferentes, mas uma só realidade; uma é a aurora, a outra o meio-dia. A vida contemplativa é o principio da dita eterna, seu sabor antecipado. Que a Rainha do céu nos conceda, pois, a graça de compreender o estreito vínculo que une essas duas vidas para viver aqui embaixo como se estivéssemos já no céu.
Uma alma interior é uma alma que encontrou a Deus no fundo de seu coração e que vive sempre com Ele.
Deus está no fundo da alma, mas está ali escondido. A vida interior é como uma eclosão de Deus na alma.
Mantenhamo-nos no centro de nossa alma, nesse ponto preciso de onde podemos vigiar todos os seus movimentos, para detê-los ou dirigi-los, segundo o caso. Vivamos ou de Deus ou para Deus, mas repitamos a nós mesmos que não se age de todo para Deus senão quando já não se faz absolutamente nada para nós mesmos. Se age então porque Deus o quer, quando Ele quer e como Ele quer, por estar sempre unidos no fundo com Aquele de quem não somos mais que um ditoso instrumento.
Duas coisas fazem falta para chegar à perfeição e à íntima união com Deus: tempo e paz.
O que dá valor aos atos reflexivos do homem é a união com Deus pela caridade. Quanto mais profunda é essa intimidade, mais valor de eternidade tem seus frutos.
Uma alma cujo olhar interior, afetuoso e humilde, está sempre fixo em Deus, obtém Dele quanto quer.
Entre uma alma recolhida, desligada de tudo, e Deus, não há nada. A união se realiza por si mesma. É imediata.
O tempo passa; sempre se ama a Deus muito pouco e muito tarde.
Que delicado és em teus afetos, Deus meu! Tens em conta o que de legitimamente pessoal há em nós, e tratas a alma que amas como se no mundo não houvesse outra coisa a não ser ela e Tu.
Crer é comungar com a ciência de Deus: Ele vê; nós cremos em sua Palavra de testemunho.
Na fé, Deus fala; pela esperança, Deus ajuda; na caridade, Deus se dá, Deus preenche.
Elevemo-nos então, até Deus constantemente. Deixemos na terra a terra. Vivamos menos nos demais e mais em nós mesmos, mas o mais possível, senão em Deus, pelo menos perto Dele.
Quando no fundo de vossas almas ouvirdes duas vozes contraditórias, convém que escuteis geralmente a que fala mais baixo. Em todo caso, essa é a que pede mais sacrifícios. E tem tanto valor o sofrimento bem entendido! Desliguemo-nos e aproximemo-nos de Deus”.
“Nossa Senhora do Monte Carmelo é a Patrona da vida interior, a Virgem que nos afasta da multidão e nos leva docemente até esses cumes onde o ar é mais puro, o céu mais claro, Deus está mais próximo e nas que transcorre a vida de intimidade com Deus.
Segundo São Gregório Magno, a vida contemplativa e a vida eterna não são duas coisas diferentes, mas uma só realidade; uma é a aurora, a outra o meio-dia. A vida contemplativa é o principio da dita eterna, seu sabor antecipado. Que a Rainha do céu nos conceda, pois, a graça de compreender o estreito vínculo que une essas duas vidas para viver aqui embaixo como se estivéssemos já no céu.
Uma alma interior é uma alma que encontrou a Deus no fundo de seu coração e que vive sempre com Ele.
Deus está no fundo da alma, mas está ali escondido. A vida interior é como uma eclosão de Deus na alma.
Mantenhamo-nos no centro de nossa alma, nesse ponto preciso de onde podemos vigiar todos os seus movimentos, para detê-los ou dirigi-los, segundo o caso. Vivamos ou de Deus ou para Deus, mas repitamos a nós mesmos que não se age de todo para Deus senão quando já não se faz absolutamente nada para nós mesmos. Se age então porque Deus o quer, quando Ele quer e como Ele quer, por estar sempre unidos no fundo com Aquele de quem não somos mais que um ditoso instrumento.
Duas coisas fazem falta para chegar à perfeição e à íntima união com Deus: tempo e paz.
O que dá valor aos atos reflexivos do homem é a união com Deus pela caridade. Quanto mais profunda é essa intimidade, mais valor de eternidade tem seus frutos.
Uma alma cujo olhar interior, afetuoso e humilde, está sempre fixo em Deus, obtém Dele quanto quer.
Entre uma alma recolhida, desligada de tudo, e Deus, não há nada. A união se realiza por si mesma. É imediata.
O tempo passa; sempre se ama a Deus muito pouco e muito tarde.
Que delicado és em teus afetos, Deus meu! Tens em conta o que de legitimamente pessoal há em nós, e tratas a alma que amas como se no mundo não houvesse outra coisa a não ser ela e Tu.
Crer é comungar com a ciência de Deus: Ele vê; nós cremos em sua Palavra de testemunho.
Na fé, Deus fala; pela esperança, Deus ajuda; na caridade, Deus se dá, Deus preenche.
Elevemo-nos então, até Deus constantemente. Deixemos na terra a terra. Vivamos menos nos demais e mais em nós mesmos, mas o mais possível, senão em Deus, pelo menos perto Dele.
Quando no fundo de vossas almas ouvirdes duas vozes contraditórias, convém que escuteis geralmente a que fala mais baixo. Em todo caso, essa é a que pede mais sacrifícios. E tem tanto valor o sofrimento bem entendido! Desliguemo-nos e aproximemo-nos de Deus”.
Robert de Langeac, PSS
(Abade Augustin Delage, PSS)
“La vida oculta en Dios”
Um comentário:
Gostei, é também muito do que eu sinto. Precisamos todos de mais tempo com Deus.
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