CRISTO REI DO UNIVERSO
SOLENIDADE
«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo»
«Depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da majestade divina nas alturas» (Hb 1,3). Foi, pois, para nos servir que Ele veio de junto de Seu Pai a este mundo. E o cúmulo é que não é apenas no momento em que aparece nesta terra, revestido da enfermidade humana, que Se apresenta sob a forma de escravo, escondendo a Sua qualidade de Senhor; será também mais tarde, no dia em que vier com todo o Seu poder e aparecer em toda a glória de Seu Pai, quando da Sua manifestação. Quando vier no Seu reino, «cingir-Se-á, mandará que se ponham à mesa e servi-los-á» (Lc 12, 7). Eis Aquele pelo Qual reinam os soberanos e governam os príncipes!
É assim que Ele há de exercer a Sua realeza, verdadeira e sem mancha; é assim que Ele domina aqueles que submeteu ao Seu poder: mais amável que um amigo, mais equitativo que um príncipe, mais terno que um pai, mais íntimo que os membros, mais indispensável que o coração. Ele não Se impõe pelo medo, nem submete através do salário. Somente em Si mesmo encontra a força do Seu poder, apenas prende os que Se lhe submetem. Porque reinar pelo medo ou com vista a um salário não é governar por si mesmo, mas pela esperança do lucro ou pela ameaça.
É preciso que Cristo reine em sentido próprio; qualquer outra autoridade é indigna Dele. Ele soube chegar a este ponto por uma via extraordinária: para Se tornar o verdadeiro Senhor, abraça a condição de escravo e torna-Se servo de escravos, até à cruz e à morte; e assim arrebata a alma dos escravos e apodera-Se diretamente da vontade deles.
Sabendo que é esse o segredo deste modo de reinar, Paulo escreve: «Humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso é que Deus O exaltou» (Fl 2,8-9). Pela primeira criação, Cristo é Senhor da natureza; pela nova criação, tornou-Se Senhor da nossa vontade. É por isso que Ele diz: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra» (Mt 28,18).
São Nicolau Cabasilas
A Vida em Jesus Cristo; Livro 4, 93-97; 102
«Depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da majestade divina nas alturas» (Hb 1,3). Foi, pois, para nos servir que Ele veio de junto de Seu Pai a este mundo. E o cúmulo é que não é apenas no momento em que aparece nesta terra, revestido da enfermidade humana, que Se apresenta sob a forma de escravo, escondendo a Sua qualidade de Senhor; será também mais tarde, no dia em que vier com todo o Seu poder e aparecer em toda a glória de Seu Pai, quando da Sua manifestação. Quando vier no Seu reino, «cingir-Se-á, mandará que se ponham à mesa e servi-los-á» (Lc 12, 7). Eis Aquele pelo Qual reinam os soberanos e governam os príncipes!
É assim que Ele há de exercer a Sua realeza, verdadeira e sem mancha; é assim que Ele domina aqueles que submeteu ao Seu poder: mais amável que um amigo, mais equitativo que um príncipe, mais terno que um pai, mais íntimo que os membros, mais indispensável que o coração. Ele não Se impõe pelo medo, nem submete através do salário. Somente em Si mesmo encontra a força do Seu poder, apenas prende os que Se lhe submetem. Porque reinar pelo medo ou com vista a um salário não é governar por si mesmo, mas pela esperança do lucro ou pela ameaça.
É preciso que Cristo reine em sentido próprio; qualquer outra autoridade é indigna Dele. Ele soube chegar a este ponto por uma via extraordinária: para Se tornar o verdadeiro Senhor, abraça a condição de escravo e torna-Se servo de escravos, até à cruz e à morte; e assim arrebata a alma dos escravos e apodera-Se diretamente da vontade deles.
Sabendo que é esse o segredo deste modo de reinar, Paulo escreve: «Humilhou-Se a Si mesmo, feito obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso é que Deus O exaltou» (Fl 2,8-9). Pela primeira criação, Cristo é Senhor da natureza; pela nova criação, tornou-Se Senhor da nossa vontade. É por isso que Ele diz: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra» (Mt 28,18).
São Nicolau Cabasilas
A Vida em Jesus Cristo; Livro 4, 93-97; 102
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