CANONIZAÇÃO 11 DE OUTUBRO DE 2009
SÃO RAFAEL ARNÁIZ BARÓN
O olhar fixo n’Ele
“Agora compreendo muito bem esse caminho tão estreito que assinala São João da Cruz, e que está entre outros dois, nos quais diz: oração, contemplação, consolos espirituais, dons da terra, dons do céu, etc. Pois bem, entre esses dois caminhos, está o que eu digo e que somente diz, nada... nada... nada...
Que difícil é chegar a isso. E para nós que andamos nos princípios, que fácil é equivocar-se, e quantas vezes queremos encontrar a Deus onde não está. E quando cremos haver lhe encontrado, nos encontramos com nós mesmos..., mas não há que desanimar, tudo permite Deus para o bem da alma, e sem conhecer o fracasso, não se saboreia o êxito, e antes de aproximar-se de Deus não há mais remédio a não ser despojar-se de tudo e permanecer no nada, como diz São João da Cruz.
Pois bem, nada de novo te digo, e que Deus me perdoe o querer tratar coisas tão altas quando ainda sem saber engatinhar, já quero voar... Esse tem sido meu pecado e continua sendo...
Que importa se estamos acima ou abaixo, perto ou longe de Deus? Dirijamos a Ele nossos olhares e unamo-nos para louvar-lhe, uns na vida monástica, outros nas missões, outros no mundo, uns de uma maneira e outros de outra. Que importa? É Ele que plenifica tudo e se nos olhamos uns aos outros, perdemos tempo... Muito formosa é às vezes a criatura, mas sua visão nos distrai do Criador.
Devemos seguir com o olhar fixo n’Ele, quer estejamos entre santos quer entre pecadores... Nós não somos nada; nada valemos, nem para nada servimos quando estamos distraídos e não fazemos caso do Senhor. Não percamos, então, tempo, e se com um pequeno sacrifício, com uma oração ou com um ato de amor, agradamos ao Senhor, então que possamos dizer, que pelo menos temos servido para algo, que é para dar a Ele maior glória. Essa deve ser nossa única ocupação e nosso único desejo”.
Que difícil é chegar a isso. E para nós que andamos nos princípios, que fácil é equivocar-se, e quantas vezes queremos encontrar a Deus onde não está. E quando cremos haver lhe encontrado, nos encontramos com nós mesmos..., mas não há que desanimar, tudo permite Deus para o bem da alma, e sem conhecer o fracasso, não se saboreia o êxito, e antes de aproximar-se de Deus não há mais remédio a não ser despojar-se de tudo e permanecer no nada, como diz São João da Cruz.
Pois bem, nada de novo te digo, e que Deus me perdoe o querer tratar coisas tão altas quando ainda sem saber engatinhar, já quero voar... Esse tem sido meu pecado e continua sendo...
Que importa se estamos acima ou abaixo, perto ou longe de Deus? Dirijamos a Ele nossos olhares e unamo-nos para louvar-lhe, uns na vida monástica, outros nas missões, outros no mundo, uns de uma maneira e outros de outra. Que importa? É Ele que plenifica tudo e se nos olhamos uns aos outros, perdemos tempo... Muito formosa é às vezes a criatura, mas sua visão nos distrai do Criador.
Devemos seguir com o olhar fixo n’Ele, quer estejamos entre santos quer entre pecadores... Nós não somos nada; nada valemos, nem para nada servimos quando estamos distraídos e não fazemos caso do Senhor. Não percamos, então, tempo, e se com um pequeno sacrifício, com uma oração ou com um ato de amor, agradamos ao Senhor, então que possamos dizer, que pelo menos temos servido para algo, que é para dar a Ele maior glória. Essa deve ser nossa única ocupação e nosso único desejo”.
São Rafael Arnáiz Barón
Carta de 23 de julho de 1934 a sua tia, Duquesa de Maqueda.
Obras Completas, Monte Carmelo; pp.223-238
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