sexta-feira, 6 de março de 2009

Quaresma: tomar em mãos um bom livro




Quaresma: tomar em mãos um bom livro, abrir o Evangelho, indica Cardeal Geraldo Majella Agnelo

É tempo de reflexão, afirma Dom Geraldo Agnelo

SALVADOR, quarta-feira, 4 de março de 2009 (ZENIT.org)- A Quaresma «é tempo de reflexão, porque o cristão é alguém que pensa», afirma o Cardeal Geraldo Majella Agnelo.

Ao comentar o sentido da Quaresma em artigo enviado a Zenit hoje, o Arcebispo de Salvador (Bahia) recorda que os primeiros cristãos «acreditaram que também eles tinham necessidade de tomar para si, cada ano, quarenta dias, para meditar sobre o mistério de Jesus morto e ressuscitado».

«Assim nasceu a Quaresma. Quaresma, em latim Quadragésima, significa quadragésimo dia. De quarta feira de cinzas até começar a Semana Santa são quarenta dias.»

«O que fazer nesse tempo? –questiona o Arcebispo–. Os evangelistas nos apresentam Jesus como pessoa reflexiva que amava o recolhimento, a meditação, a oração.»

Segundo Dom Geraldo Agnelo, seguindo o exemplo de Jesus, «somos convidados a criar também para nós este clima de seriedade e de empenho».

«Ser capazes de algumas vezes desligar o rádio e o televisor em nossa casa. Tomar em mãos um bom livro, abrir o Evangelho: ler, refletir, pensar em nossa vida, em nossos projetos, o que estamos preparando», indica.

Afirma também que é preciso «pensar nos que nos são caros, no significado de nossa presença em seu meio. Enfim no que pensamos fazer sob o olhar do Senhor».

«Quaresma é tempo de reflexão, porque o cristão é alguém que pensa. É preciso aprofundar, compreender: uma frase, por exemplo, do evangelho de hoje.»

«Jesus depois de quarenta dias voltou para o meio da gente e começou a pregar: ‘O tempo chegou, o reino de Deus está próximo, convertei-vos e crede no Evangelho’. São palavras sérias e comprometedoras», destaca.

O Cardeal Agnelo enfatiza que este é um momento «de recolher-se em oração, fazer deserto. Aprender de Jesus, que se retirava de bom grado nos lugares solitários».

«Um pouco de escuta, de reflexão, de troca de idéias. Depois a volta à vida de todos os dias. Eis a surpresa: tornou-se diverso. Mudou-se por dentro», afirma.


Fonte: Zenit


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